VERDADE, HONESTIDADE E CONGRUÊNCIA
Seremos patos feios em busca de um paraíso perdido nos emaranhados da confusão mental em que vivemos?
Quem somos quando olhamos para a nossa vida e a vemos sem propósito, vacilando entre medos e dúvidas, sentindo um vazio ocupar o espaço onde os nossos sonhos costumavam aninhar-se e encher-nos de esperança?
O mundo parece ter-se tornado oco, para muitos, sem chão, sem balizas, sem direção e empurrando os seus dias tal barco à deriva num oceano sem horizontes…
O futuro que parecia ter um formato previsível, parece ter-se desfeito e dado lugar a um precipício imaginário anunciando um desconhecido que engoliu a esperança de recuperar o seu espaço na Roda do Tempo.
Que será de nós, amanhã? Haverá um amanhã, um próximo mês, ano ou década? Se houver o que nos espera?
O passado que nos dava um chão sobre o qual pisavam os dias que corriam, perdeu o rosto, ignorado e gasto pela memória que se esbate…
HOJE, o dia avança, as horas vão desfilando, o nascer e o por do sol colam-se num instante que passou, sem percebermos … e mais um dia passou, o calendário perdeu mais uma folha, a contagem dos nossos anos de vida adiantou-se e as mãos abrem-se vazias como se a vida escorresse por entre os dedos a nada restasse para nos preencher.
As vozes do mundo vociferam, os gritos da inquietação fustigam os telejornais, os cafés reciclam as queixas e os medos, as ruas enchem-se de passos apressados e rostos sombrios, a solidão invade a alma humana e a desesperança torna-se a alavanca que nos mobiliza para mais um dia, mais um ciclo e mais um passo no escuro …
Abrimos um livro, inscrevemo-nos em mais um curso, assistimos a um filme e a mensagem de esperança, de cura, de transformação amacia as agruras da realidade à nossa volta … A culpa é nossa! Tudo é um espelho de nós! Afinal quem somos?
A crença nos gurus, nas suas fórmulas mágicas, nos resultados garantidos hipnotizam as mentes que, desesperadas com a sua própria confusão, se agarram a tábuas de salvação que chegam a nós por milhares de mails que recebemos, por receitas para melhorar a nossa vida, por vozes que insistentemente nos lembram a “pequenez” da nossa existência e as promessas de um paraíso pronto para nos abrir a porta …
Ao fim de anos de esperança enganada, continuamos a guardar os rancores e as mágoas, mas pusemos sobre elas uns laçarotes de cores brilhantes e mágicas, convencidos que a cosmética resolvia os problemas, camuflando-os.
Que destino poderá esta humanidade ter se continuar a usar de cosmética espiritual e emocional para descobrir as soluções que REALMENTE necessita?
Mudámos o papel de embrulho das antigas crenças e iludimo-nos com o seu brilho estonteante. Por debaixo permanece o obscurantismo, a inconsciência, o apego à limitação, à pequenez e à ilusão de quem pensamos ser.
O Curso em Milagres esclarece muito bem algumas das fronteiras que normalmente não reconhecemos como mais do mesmo.
Só existem dois caminhos possíveis: ou estamos na verdade ou na ilusão. Porém, a ilusão tomou tantas formas de verdade ilusória que deixámos de perceber a diferença entre a ilusão e a verdade real.
A verdade é aquele estado de consciência no qual nos reconhecemos por Quem somos, ao nível intrínseco – o Sol da Vida. Ocupamos o centro do nosso mundo e nele está contido tudo o que vemos, imaginamos e conhecemos. Acordamos para a UNIDADE e a total sintonia com a Vida acontece.
O que significa isto? Que nos tornamos conscientes de que o mundo mental em que ainda vivemos nos transporta para um bolha experiencial onde vivemos a ilusão da separação entre nós e os outros, entre quem pensamos ser e o que o resto à nossa volta parece ser.
A separação em campos opostos faz-nos perder a conexão com a totalidade da Vida e o seu feed-back esmaga a esperança de alguma vez podermos viverem em paz e harmonia.
O que é que, de fato, precisamos reconhecer?
Que a resposta para cada limitação está dentro de nós, não nas fórmulas que outros nos oferecem. Encontrar a resposta em nós requer admitir a possibilidade de termos estado equivocados quanto ao significado e valor que damos ao que nos rodeia. Que o mundo exterior é uma consequência do nosso mundo interior e não ao contrário.
Isto chega? Não! É preciso ir mais fundo, dentro de nós…
O mundo lá fora torna-se o suporte físico para nos mostrar o que vai cá dentro. Continuamos a procurar ter razão, criticando o mundo de fora, ignorando o nosso papel na montagem desses cenários e experiências. Continuamos a querer justificar que isso não depende de nós, que nem sempre isso é possível, que somos impotentes quando o mundo nos fecha as portas.
A Vida na sua Sabedoria tem um plano de evolução para todos nós.
Chegámos a um momento da nossa viagem em que estamos prontos para dar AQUELE SALTO no escuro, embora seja um salto PARA A LUZ.
Todas as circunstâncias são palco de oportunidades e os desafios não param. Cada momento é um convite para percebermos que a ilusão onde estamos a viver não nos pode oferecer o que tanto desejamos: a liberdade e a paz.
A fórmula de Felicidade e de Paz mudou … ou por outra, mostra AGORA a sua verdadeira face. O que é FELICIDADE? o que é a PAZ?
Haverá FELICIDADE enquanto vivermos numa oposição interna e externa? Será possível ser feliz vivendo à parte seja do que for quando somos o Sol que tudo é e tudo abarca?
O que é a PAZ senão o acordar para esse estado de UNIDADE interior onde TUDO e NADA se encontram? Onde o bom e o mau se desfazem um no outro? Onde o certo e o errado se fundem na VERDADE?
- Quantos dos nossos pensamentos alimentam a dança de opostos? Todos.
- Quantos dos nossos critérios assumem como algo normal a escassez, a doença, a perda e a ausência?
Atribuímos à Vida tais atributos “normais”.
A grande viragem fará de nós seres mais acordados, mais conscientes. SERES que olham para dentro e desfazem em si as linhas de força que dão continuidade e sustentabilidade aos pesadelos exteriores, individuais e coletivos.
Em vez de ficarmos todos à espera que o mundo mude e a apontar os dedo a quem o pôs assim, talvez possamos usar alguma dessa energia e considerar de que forma os nossos pensamentos alimentam, a cada segundo, esses comportamentos e atitudes!
Apontar o dedo para fora representa virar a cara e não querer ver a verdade que espera pela nossa tomada de consciência para resgatar dentro, o que dá vida ao que aparece fora.
- Porque é que a Vida não parece responder às nossas melhores intenções e desejos?
- Porque é que tudo parecia funcionar antes e agora nada funciona?
Porque a incongruência interior precisa de ser desmontada e anulada. O Alinhamento de consciência é essencial. A Vida pede-nos a verdade, a honestidade, a congruência.
Que tipo de congruência existe quando
- achamos que podemos ser inocentes e ver culpa nos outros?
- podemos ser amorosos para uns e antipáticos para outros?
- podemos desejar o melhor para nós às custas do pior para os outros? ou vice-versa …
O que vemos dentro torna-se lei na nossa avaliação do que vemos fora. Tudo existe fora do nosso corpo físico, mas dentro da nossa mente. O que quer que avaliemos acontece dentro de nós. A mente que avalia, fala de si mesma.
| Momentos de Reflexão |
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Para além de todas as ilusões sobre o significado da Vida e de Quem somos, existe uma Verdade que jamais foi tocada pelos devaneios das nossas crenças e inconsciência.
Nela descansa uma MENTE BRILHANTE, uma mente livre de medo e de limitação, uma mente pronta a articular informação e saber que transcende a pequenez da atitude e mentalidade dualista onde a humanidade ainda está presa.
Nessa mente o SABER único de tudo o que existe está disponível. Apesar de estarmos hipnotizados pelo medo e pela ilusão de separação, existe um Plano de Sabedoria pronto a resgatar-nos ao sonho onde nos deixámos cair. As respostas que tanto procuramos, as saídas que tanto desejamos, o PODER que julgámos ter perdido, vivem nesse tesouro interno, dentro de cada ser humano.
Abrir as comportas para esse Paraíso interior começa com um passo de abertura para questionar as verdades ilusórias acreditadas e a explorar dentro de nós o quanto contribuímos para os cenários que o mundo nos oferece.
…
- Cada cena de guerra entra pela nossa mente adentro como uma sombra da guerra que vive nos nossos pensamentos!
- Cada imagem de sofrimento entra na nossa experiência como um eco do nosso próprio sofrimento escondido e reprimido pela necessidade de seguir os guiões do mundo que preferem reprimir a corrigir.
- Cada grito de dor alguma vez emitido reflete a dor reprimida e não curada na nossa alma.
Se levarmos a sério o compromisso de acordarmos para Quem, na verdade, somos e ousarmos descobrir o imenso PODER que temos para criar mundos e Universos à medida da qualidade da mente que usamos, saberemos que o pequeno sonho de pequenez nada pode fazer para nos impedir de BRILHAR para todo o sempre.
BRILHAR pode não significar que cumprimos os guiões do mundo que estamos habituados e servir. Pode muito bem ser ACORDAR para um estado de consciência onde o mundo se torna a nossa aventura pelo tempo e pelo espaço.
Estamos no limiar deste grande salto quântico!
- O desabar do mundo exterior abre-nos a consciência para o desabar das nossas crenças e verdades ilusórias.
- As estratégias que seguravam o nosso mundo com a cola do medo e da mentira chegaram ao final do seu tempo de antena
AGORA cada ser humano defronta-se com a sua mente, com as suas mentiras, com as suas guerras e com a sua dor
O PREÇO é elevado, mas a RECOMPENSA é a VERDADEIRA LIBERDADE e a criação de uma nova HUMANIDADE onde os nossos filhos e netos desfrutam de uma vida de AMOR, INTELIGÊNCIA E CONCORDIA!
Valerá a pena?
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