Um ponto de viragem na Consciência do Sucesso Pessoal e do Bem-estar!

Anos e anos de tentativas para realizar os sonhos poderão constar das páginas do nosso livro de Vida. Aprendemos a tentar em vez de realizar e concretizar. Tentamos com a dúvida amarrada à consciência. As crenças colectivas sobre a pequenez do ser humano condicionam a mente de cada pessoa a confinar-se a dimensões de medo, limitação e carência.

Acreditamos que a ausência, a falta e a falha são experiências normais, linhas de força que representam a essência da vida.

Com os avanços da pesquisa científica, a consciência de que andamos enganados há muito tempo, relativamente aos mecanismos que fazem as nossas realidades acontecerem, tornamo-nos mais conscientes do papel fundamental que temos como co-participantes da alienação e do hipnotismo em que nos deixámos cair.

Vivemos num mundo que parece viver fora de nós. Será? Seremos nós um “corpo”, um espaço limitado no espaço e no tempo? Até onde se estende a mente que nele se expressa? Até onde poderão os nossos sonhos ir? Até onde conseguimos estender a imaginação? Que relação existe entre quem somos, como “corpo” e quem somos, como “mente”?

Será que o que vemos é percebido pelo corpo sem mente

ou será percebido pela mente num corpo?

 

Pensemos um pouco sobre quem somos e demo-nos a oportunidade de reflectir a partir de novos pontos de vista, já que aqueles que temos comprado não têm servido de suporte para a realização pessoal que tanto desejamos! Que podemos perder?

Queremos mais do mesmo? Percorrer os mesmos caminhos psicológicos e emocionais só para não termos que enfrentar o desconforto da diferença e do desconhecido?

Se os sonhos que não realizámos coubessem na consciência onde estamos a viver, já se teriam realizado! Queremos sonhar ou concretizar? Muitas pessoas não se apercebem que o verdadeiro motor da sua vida está na busca, mas não no encontro. A vontade de encontrar, realizar ou desfrutar é apenas o isco para manter a sede da procura incessante. De certa forma quase todos os seres humanos estão muito mais condicionados à procura do que à realização.

Quando lemos isto podemos não reconhecer que esta tendência é tão comum, porque acreditamos que o querer tem a ver com a realização. Se assim fosse, se o nosso querer, fosse proporcional à aceitação da realização, ninguém estaria a viver aquém dos seus sonhos e desejos.

A motivação para desencadear atitudes e comportamentos que conduzirão à realização do objectivo que temos, está sujeita aos movimentos internos de apoio ou resistência que se erguem emocional e psicologicamente para facilitar ou impedir a obtenção do que desejamos.

Pergunte-se: Está mais entusiasmado com a viagem ou com o destino?

Em situações anteriores repare como é que o seu percurso, na direcção de um objectivo, se desenvolve? Em que fase pára ou diminui o ímpeto/entusiasmo? A mobilização pessoal é maior relativamente aos detalhes ou ao destino final?

Se imaginar o seu percurso até ao destino, quais os passos ou fases que lhe dão maior prazer ou lhe criam maior resistência?

Quando estabelecemos objectivos ou alimentamos sonhos é importante ter consciência das tendências que têm impedido a realização dos nossos objectivos. Hábitos, crenças, perspectivas que não mudarão se nada fizermos para isso. Como podemos nós querer realizar sonhos, ignorando o caminho que temos feito, como se fosse natural esperar resultados diferentes, mantendo os mesmos comportamentos e atitudes.

É mais fácil acreditar que somos vítimas de condições exteriores a nós. Assim, as nossas atitudes e velhas crenças poderão ser poupadas e as energias criadoras que podiam ser mobilizadas para a concretização de algo novo, são direccionadas para o queixume, para a revolta ou o ataque aos outros às circunstancias ou às situações.

Aqueles que se queixam acham que nada podem fazer por si mesmos. O seu queixume alimenta a crença na impotência, desistindo o seu potencial criador. Aqueles que estão, deveras, interessados em REALIZAR uma vida melhor ou algo novo, põem o queixume de lado e descobrem formas de se darem aquilo que reclamam não receber dos outros ou da vida em geral.

A atitude do “coitado de mim” não potencia a criatividade nem as melhores condições para uma verdadeira renovação pessoal. Como poderemos levar esse “coitado” para um mundo onde não há espaço para a limitação e o medo? Será um anti-corpo que não resistirá num ambiente de confiança, inteligência, acção e proactividade.

A maior parte das pessoas que não avançam nos seus objectivos ainda não tomou consciência de como esses sonhos estão à espera que algo seja libertado e substituído por um nível de consciência e abertura que desafia a familiaridade da limitação em que vive.

Continuando a esperar que o mundo nos dê a “oportunidade” coloca-nos um corredor de frustração e impotência pois o que recebemos de fora responde à disponibilidade interior. Conscientemente acreditamos que estamos dispostos através do desejo que sentimos de conquistar algo. Contudo, se não houvesse um impedimento interior não reconhecido os nossos objectivos eram realizados facilmente.

A viagem ao interior de nós mesmos abre-nos portas jamais imaginadas para a concretização de uma vida bem diferente da que vivemos até aqui. Sempre que “estacionamos” num determinado nível de consciência criamos laços com o que nos rodeia, desenvolvendo ritmos, hábitos e atitudes que nos “enquadram” nesse ambiente interno e externo.

Vivemos durante muito tempo nessa zona experiencial, um patamar de interacção com a vida que segue linhas de força que controlam e dão consistência a realidades pessoais que se “encaixam” na matriz de relacionamentos e situações que rodopiam à nossa volta.

Essa dança entre nós e os outros mantém-se consistente, enquanto a nossa consciência não mudar. O mundo parece oferecer-nos aquilo que esperamos ou com o qual estamos preparados para viver. Ainda que o sofrimento e a limitação sejam comuns, o nível de consciência que temos pode legitimar e justificar qualquer dor, criando aceitação e resignação.

Uma das grandes resistências a abrir interiormente um campo de aceitação para a criação de realidades mais ousadas, consiste no não reconhecimento de que toda a matriz de ressonâncias em que iremos viver, AGORA, vai exigir que nos despeguemos da matriz anterior! Isso implica a “perda” de estilos de relacionamento, atitudes e comportamentos a que nos habituámos durante algum tempo, às vezes toda uma vida até aqui…

O combinado mente-corpo uma vez habituado a um determinado tipo de rotinas, quando solicitado a fazer alterações, reage! É natural! Que queremos nós fazer com essa reacção? Como seres conscientes que somos temos o Poder e Discernimento para perceber que somos MAIORES do que as reacções químicas resultantes de mudanças neurológicas e hábitos de pensamento. Estaremos nós a diminuir-nos como seres humanos, reduzindo-nos a seres menores assustados com um desconforto temporário?

Vivemos numa época em que o sofrimento humano aumentou desastrosamente e o medo de enfrentar os fantasmas que nos inferiorizam parece assustar-nos mais do que desejamos a liberdade. Quanto mais medo temos de acolher as sensações e os estados de alma com inteligência e sabedoria, mais frágeis emocionalmente nos tornamos e mais impotentes nos damos a ilusão de sermos.

Talvez uma reflexão mais profunda sobre o medo de mudar e usar o Poder que temos para mudar a nossa vida, possa falar mais alto, desta vez!